... finda a bonança, e chegada a tempestade que cercava, o que resta é abandonar as armas
e retomar a luta ...

terça-feira, 22 de novembro de 2011

:::fé:::

sei tão pouco das coisas da terra.
me rendi às perguntas dos homens.
me perdi nas respostas dos credos.
caí.
o momento é crucial...
as cruzes,  pesadas demais.
que faço eu que não sei rezar?
troquei de mau com os deuses do mundo,
faz muito.
fui negligente aos ditos dos céus,
fiz pouco.
a coragem que está em mim,
não grita mais.
no máximo sussurra ajuda.
e o coração segue seco em sonho e tolerância.
perco o perdão.
peço passagem.
traço caminhos que não sigo,
pra despistar um destino que não quero.
e me esconder de mim...
de nada vale.
me escapam as migalhas do que sou.
fazem-se rastro.
me descubro.
e nua, me encontro.
me alcanço no pouco que creio:
no sorriso sincero que me dão.
e na força do medo.
e no remédio do tempo.
mais na lida que na sorte.
fora isso, nada sei.

por não mais, desejo fé.
e tudo que dela advenha.

paula quinaud