... finda a bonança, e chegada a tempestade que cercava, o que resta é abandonar as armas
e retomar a luta ...

sexta-feira, 27 de maio de 2011

::: tento não me achar :::


tento não me prender

alma livre
vôo baixo
muitas palavras povoam a minha mente
palavras demais
tento não me perder
pouso e repouso e torno a voar
escrevo
me rendo à urgência
verso preso
sonho alto
dou vazão
esvazio...
faço uso de reticências
sempre
porque os pensamentos são incompletos
porque as emoções são inconstantes
porque ponto final não existe
porque nada é estanque
porque me arrisco...
rimo pobre
penso livre
e paro e falo e me espanto
me calo
e outra vez já me perco
vôo alto
alma longe
tento não me achar

Paula Quinaud

4 comentários:

Breve Leonardo disse...

[e porque existe a mão, a ligação directa do poema ao coração, no papel corre breve e certo, o sangue da poesia]

um abraço, Paula

Leonardo B.

Paula Quinaud disse...

obrigada, Leonardo!
pela visita...
e pela generosidade,
de toda essa poesia!

um grande abraço.

POETAS... Em Colcha de Retalhos disse...

"... faço uso de reticências
sempre.
porque os pensamentos são incompletos
porque as emoções são inconstantes
porque ponto final não existe..."

Amei!!
És intensa... lindamente intensa e leve... Consegues isto! ✿

Saudações poéticas... e muita LUZ a você... ✿

Paula Quinaud disse...

obrigada pela linda visita, Karla!!!
beijos...