... finda a bonança, e chegada a tempestade que cercava, o que resta é abandonar as armas
e retomar a luta ...

sábado, 17 de setembro de 2011

::: saga :::

Andei depressa para não rever meus passos
Por uma noite tão fulgás que eu nem senti
Tão lancinante, que ao olhar pra trás agora
Só me restam devaneios do que um dia eu vivi

Se eu soubesse que o amor é coisa aguda
Que tão brutal percorre início, meio e fim
Destrincha a alma, corta fundo na espinha
Inebria a garganta, fere a quem quiser ferir

Enquanto andava, maldizendo a poesia
Eu contei a história minha pr´uma noite que rompeu
Virou do avesso, e ao chegar a luz do dia
Tropecei em mais um verso sobre o que o tempo esqueceu

E nessa Saga venho com pedras e brasa
Venho com força, mas sem nunca me esquecer
Que era fácil se perder por entre sonhos
E deixar o coração sangrando até enlouquecer

E era de gozo, uma mentira, uma bobagem
Senti meu peito, atingido, se inflamar
E fui gostando do sabor daquela coisa
Viciando em cada verso que o amor veio trovar

Mas, de repente, uma farpa meio intrusa
Veio cegar minha emoção de suspirar
Se eu soubesse que o amor é coisa assim
Não pegava, não bebia, não deixava embebedar

E agora andando, encharcado de estrelas
Eu cantei a noite inteira pro meu peito sossegar
Me fiz tão forte quanto o escuro do infinito
E tão frágil quanto o brilho da manhã que eu vi chegar

E nessa Saga venho com pedras e brasa
Venho sorrindo, mas sem nunca me esquecer
Que era fácil se perder por entre sonhos
E deixar o coração sangrando até enlouquecer

saga
filipe catto

faz muito tempo que eu não via uma letra assim!

O João me falou hoje: - Eu não cabo!
Também não cabo João... (a - cabo). Nunca fui dada a modismos. Nunca achei moda algo sério - em instância nenhuma. Sempre achei engraçado alguém me dizer o que usar, fazer, viver. (Orgulho é meu segundo pecado. Vem logo depois da gula. Quero muito do que gosto!) E gosto de sol....... e de ler poesia. Ouso gostar do sol! Transgressoramente como doce, falo alto, choro baixo, bato papo, rio muito.
Não freqüento academias. Quanto às das idéias sinto pesar. As do corpo me causam espanto.
Não gosto de comida japonesa, de hype, do cool, de telefone, de usar rosa, de falar fronha, de salão de beleza,… do que não pulsa. Busco a solidão tanto quanto o meu tumulto. Leio um tanto, escrevo o que preciso.
Observo muito, digo o necessário. Faço palavras cruzadas, às vezes o que tenho que fazer. E ouço muita, muita música. I do my way, but... cada vez caibo menos nesse mundo.

2 comentários:

Anônimo disse...

Adorei essas palavras, muito interessantes, uma junção de resposta, revolta e ao mesmo tempo sensibilidade. muita Paz Amiga.

(sou só um Astronauta)

Paula Quinaud disse...

obrigada Paulo!
pela visita, pelas palavras...
é um pouco de tudo, e ao mesmo tempo só um desabafo.
sigamos em paz.