... finda a bonança, e chegada a tempestade que cercava, o que resta é abandonar as armas
e retomar a luta ...

domingo, 29 de maio de 2011

::: porque gabriel :::

(na despedida do autor do mês)

porque gabo continua meu autor de cabeceira...


porque cem anos de solidão é um dos livros da minha vida...


porque eu sigo encontrando Macondo pelo mundo...


"... porque as estirpes condenadas a cem anos de solidão não tinham uma segunda oprtunidade sobre a terra."


Porque ouvi certa vez o Ferreira Gullar dizer que O Amor Natural do Drummond foi um livro divisor de águas na sua vida. Disse que quando o leu pela primeira vez, percebeu que a poesia podia tanto. Ser aquilo tudo, levar, enlevar... Quis ser poeta.
E comigo foi bem assim com Cem anos de solidão.
Minha experiência mais definitiva.
Um soco na boca do estômago, que me cortava respiração por instantes, me fazia parar para absorver o genius loci da escrita alheia.
Passei a entender um livro como um lugar onde queria estar... sempre.
E eu nunca conseguia me preparar para o novo soco da frase seguinte...
Relia e relia e tornava a ler, na tentativa tola de absorver tudo.
Tola.
A cada nova página, todo aquele universo já se modificava - em cenários, estéticas e personagens.
E a releitura tornava a ser a primeira.
Acho que foi assim, depois de tantos livros já lidos, que me tornei leitora.

porque eu tive a sorte de ler na 7º edição – Ed. Sabiá.
tradução de Eliana Zagury.
e com o melhor, as ilustrações de Carybé (Hector Julio Páride Bernabó):






















aprendi que um homem só tem o direito de olhar um outro de cima para baixo para ajudá-lo a levantar-se.

Gabriel Garcia Marquez



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